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Está tudo louco

por umavidasemcouves, em 29.09.14

O Tondela não deixa Rui Nereu falar aos jornais. O Tondela. Repito: o Tondela.

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Sporting-FC Porto

por umavidasemcouves, em 26.09.14

Algumas notas sobre o Sporting-FC Porto

 

1. Grande jogo de futebol, o melhor até ao momento na Liga. Empate mais do que justo, Sporting podia ter resolvido na primeira parte, FC Porto melhor no segundo tempo, com mais oportunidades (Jackson, Herrera e Tello), mas a sofrer com o remate à trave de Capel.

 

2. Grande primeira parte do Sporting. A pressionar alto, a defender bem, equipa a jogar no campo todo, com intensidade, profundidade e largura. Ala esquerda sempre a carburar, sobretudo quando Carrillo ajudou Jonathan Silva. O Sporting é a melhor equipa a jogar futebol em Portugal, a que mais entusiasma. Marco Silva é bom treinador, gosta de bom futebol e põe as equipas a praticar bom futebol. Foi assim no Estoril, está a ser assim em Alvalade. Dará títulos ao Sporting a médio/longo prazo, assim a Direção lhe dê condições (leia-se bons jogadores).

 

3. Apesar da grande exibição, o Sporting voltou a demonstrar que ainda não é candidato ao título. Por melhor futebol que o Sporting jogue, a equipa nunca está verdadeiramente confortável em campo. Foi assim em Maribor, foi assim com o FC Porto. Nenhuma equipa pode ser campeã com uma dupla de centrais tão banal. Maurício melhorou, Sarr teve azar no golo. Mas continua a não chegar.

 

4. A grande pecha do Sporting continua a ser a finalização. O Sporting marca poucos golos para um volume de jogo tão grande. Faltam alternativas a Slimani. Era impossível aos leões aguentarem o ritmo da partida durante os 90 minutos. Mal o meio-campo rebentou, o FC Porto pegou na partida e o empate passou a ser uma questão de tempo. Valeu ao Sporting Rui Patrício.

 

5. Este FC Porto ainda é um flop. Qualidade não falta aos dragões, mas o FC Porto falha demasiados passes. Está habituado a ter sempre a posse de bola, mas, em Alvalade, não soube reagir à pressão alta do Sporting. Lopetegui está a demonstrar que não tem mãos ainda para tanto craque.

 

6. Além de demonstrar que não conhece minimamente a Liga portuguesa, Lopetegui queixa-se todas as jornadas da arbitragem. Queixa-se mais do que José Mota. É obra!

 

7. Quaresma acabou. De vez. Antes do jogo lembrou-se de provocar os adeptos do Sporting com fotografias a beijar o emblema do FC Porto. Queria um ambiente adverso. Não sei se foi pelo aniversário, mas Lopetegui deu-lhe a titularidade. A par de Ruben Neves, foi o pior jogador da equipa. Pouco ou nada fez em campo e podia ter sido expulso, após falta dura sobre Nani. Foi substituído com naturalidade ao intervalo. Numa altura em que o FC Porto tem Óliver, Brahimi e Tello, Quaresma não tem lugar. Ponto. E ainda só está vivo devido à imprensa portuguesa. Quaresma é um daqueles jogadores que pensa que o talento chega para ter tudo. É uma pena. Hoje saiu ao intervalo e ninguém deu por nada...

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O Benfica e os jornais

por umavidasemcouves, em 24.09.14

Às vezes aponta-se Espanha como o exemplo a seguir no jornalismo desportivo. A Marca e o As são de Madrid e acompanham os clubes da capital, sobretudo o Real Madrid. O Sport e o Mundo Deportivo acompanham o Barcelona e quase esquecem que o Espanhol também faz parte da Catalunha. Tomás Roncero é apontado como um dos principais jornalistas do As. É fanático pelo Real Madrid, odeia o Barcelona e o Atlético. Assume isso, sem qualquer problemas.

 

Em Espanha, é frequente os jornais associarem-se às marcas que equipa os clubes e venderem, com os jornais, produtos licenciados dos clubes. Por exemplo, comprar o jornal, entrar num concurso e ganhar uma camisola oficial do Real Madrid. 

 

Em Portugal nunca se assistiu a algo tão claro, mas as coisas podem começar a mudar. Esta quarta-feira, o Benfica anunciou que os novos sócios têm direito a um mês de assinatura do jornal Record. Não tem direito ao jornal do clube, ou à Mística, a revista oficial do Benfica, mas levam para casa um jornal desportivo. Ficam à vista os negócios privilegiados entre o Benfica e a Cofina, a empresa que detém, entre outros, os jornais Correio da Manhã e Record.

 

Ao longo dos tempos, cada jornal desportivo sempre foi associado a um clube grande: O Jogo com o FC Porto, Record com o Sporting e A Bola com o Benfica. Isso acabou. O Jogo continua a controlar o FC Porto, mas dá imensas notícias de Benfica. A Bola tem boas relações com o Sporting, e raramente dá uma notícia de Benfica. Tudo o que vem do clube da Luz sai direito para o Record. Esta estratégia foi ainda mais clara com João Querido Manha na direção daquela publicação mas, curiosamente, esta decisão surge numa altura em que Record tem nova direção e procura uma aproximação ao Sporting.

 

Depois de hoje, ficam à vista as relações entre o Benfica e o Record. Esqueçam essa história de que A Bola é o jornal oficial do Benfica. Há muito deixou de o ser. Só os três do costume continuam a acreditar que sim, e a deixarem que o clube controle tudo o que é publicado. E o maior controlo nem sequer por quem manda na Luz, mas sim por quem anda nos gabinetes dos jornais. Não há pior censura do que a autocensura.

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Prioridades

por umavidasemcouves, em 22.09.14

Desde que anda mais preocupado em dar facadas nas costas de António José Seguro e armado em primeiro-ministro, António Costa demitiu-se das funções de presidente da Câmara Municipal de Lisboa. No verão, o lixo nas ruas era mais do que muito, sobretudo na Baixa. Esta segunda-feira, Lisboa parece Veneza. É água por todo o lado, qualquer rua transformou-se numa piscina. E tudo porque não se limpam as sarjetas. 

 

Se esta pessoa governa assim a própria casa, nem quero imaginar como será no país.

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Paulo Bento

por umavidasemcouves, em 20.09.14
Estou a ver a entrevista de Paulo Bento à RTP Informação. Quer a treinar, quer no discurso, Paulo Bento consegue transformar o futebol na coisa mais chata do Mundo.

PS - Acho incrível que escolha João Moutinho como o melhor profissional que já treinou. Melhor do que ninguém, Paulo Bento deve conhecer o processo da saída de Moutinho do Sporting. Um grande profissional não se nega a treinar, já mandatado por outro clube. Digo eu...

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Futebolzinho

por umavidasemcouves, em 19.09.14

Uma excelente forma de vermos o nível das equipas e do futebol português é a Liga Europa. Ao longo das últimas épocas, FC Porto, Benfica e até Sporting tem conseguido bons resultados nesta prova. O Benfica, por exemplo, foi a duas finais consecutivas. Mas a falta de competitividade do futebol português fica exposta com os resultados das outras equipas.

 

Esta quinta-feira, por exemplo, o Estoril perdeu (0-1) fora com o PSV, enquanto o Rio Ave foi derrotado em casa (0-3) pelo Dínamo Kiev. Dois resultados perfeitamente normais. O Estoril até teve alguns bons momentos na segunda parte, mas acabou por ter muita sorte. Perdeu por um, podia perfeitamente ter perdido por quatro. Aos 35 segundos (!) de jogo, já o PSV criava perigo.

 

Se olharmos para a época passada, recordamos as campanhas de Estoril e Paços de Ferreira na Liga Europa. Nenhum foi capaz de ganhar um jogo em seis partidas. O Estoril fez dois pontos e marcou três golos; o Paços fez um ponto e marcou apenas um golo. Pelo caminho já tinha ficado o SC Braga, eliminado pelos romenos do Pandurii. Esta época, também o Nacional falhou o acesso à fase de grupos da prova, depois de perder dois jogos com o Dínamo Minsk. O mesmo Dínamo Minsk foi goleado por 1-6 esta noite pelo PAOK...

 

O problema reside nos pontos. Todos os pontos conquistados pelas equipas portuguesas no ranking da UEFA têm de ser divididos pelo número de equipas presentes. Seis neste caso. Pouco importa se o Nacional já foi eliminado. A continuar assim, será uma questão de tempo até deixarmos de ter dois clubes com acesso direto à Liga dos Campeões.

 

Nos anos 90, Boavista e V. Guimarães eliminaram colossos italianos, como o Parma ou o Inter. Nos anos 80, o V. Guimarães deixou o Atlético Madrid pelo caminho. Em 2002/03, o Boavista foi às meias-finais da Taça UEFA e, não há muito tempo, o Zenit, vencedor em título dessa prova, caiu aos pés do Nacional. A última grande proeza de uma equipa média portuguesa foi a presença do SC Braga na final da Liga Europa, em Dublin, com o FC Porto, em 2011. Esse mesmo SC Braga já nem consta desta Liga Europa...

 

Este é um problema sério do futebol português, do nosso futebolzinho. Todas as equipas estão fracas. Os grandes estão fragilizados, mas o nosso problema são estas formações. Já não vão fazer nada à Europa. Por altura do sorteio, a maior preocupação é uma viagem longa, pois temem não ter orçamento. Aconteceu com o Paços de Ferreira, quando teve que ir a Israel jogar com o Bnei Yehuda.

 

A solução pode passar pelo aumento na aposta no jogador português. Era uma solução. Mas ninguém está no futebol para o melhorar. Estão para ganhar dinheiro. E o jogador português, enquanto não der comissão, tem de emigrar. Até lá, vamos fazendo figuras tristes na Europa. Hoje foi só uma amostra. Rio Ave e Estoril não vão ganhar qualquer jogo na Liga Europa.

 

Continuemos a assobiar para o lado.

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Luta de galos

por umavidasemcouves, em 19.09.14

E a guerra rebentou. Esta troca de palavras entre Jorge Jesus e José Mourinho, a meu ver, estava mais do que anunciada. E começou no final da época passada, quando o treinador do Benfica disse, de forma implícita, que era o melhor treinador português. Justificou a afirmação com os títulos conquistados e os jogadores que ajudou a formar. Acredito que Mourinho não tenha achado piada.

 

Jorge Jesus utilizou a famosa frase de D'Artagnan, na ressaca das palavras de José Mourinho sobre Talisca, quando o treinador do Chelsea disse que o jogador do Benfica só não estava no Benfica porque não conseguiu a licença de trabalho para jogar em Inglaterra. Jesus afinou porque lhe pisaram os calos onde é mais sensível: a descoberta de jogadores. Mais do que vencer títulos, o que dá mesmo gozo a Jorge Jesus é ver os jogadores deixarem o Benfica por milhões de euros. É assim que se justificam os quase 3 milhões de euros que o treinador recebe anualmente.

 

Em entrevista à TVI (uma belíssima entrevista), o treinador do Chelsea respondeu à letra e não foi educado. Foi baixo, até, ao expor os problemas de linguagem de Jorge Jesus, conhecido pelas sucessivos erros gramaticais. Até chegar à célebre frase de Alexandre Dumas e dos pontapés na gramática, Mourinho falou de "pessoas com vistas curtas", e das pessoas "menos inteligentes". Existem outras passagens na entrevista que interpreto como provocações a Jorge Jesus. Desde a conversa com Óscar sobre Nélson Oliveira, estrela do Mundial de sub-20 de 2011, e desprezado pelo treinador do Benfica, ou a indirecta aos que "dizem que encontram jogadores no Chiado e em Chelas." Mourinho tinha um alvo fixado: Jorge Jesus.

 

A verdade é que o treinador do Benfica pôs-se a jeito. Se calhar sem querer, mas pôs-se. E Mourinho foi duríssimo. O treinador do Chelsea fez, provavelmente, aquilo que muitos treinadores já queriam fazer. Muitos elogiam Jesus em público, mas, em privado, desprezam a altivez do treinador do Benfica. Já na época passada, Jesus foi deselegante para com Marco Silva, quando venceu o Estoril por 2-0 e disse que podia ter goleado com facilidade. O agora treinador do Sporting optou por não responder.

 

Com Mourinho foi outra música e, agora, os dois maiores galos do futebol português estão picados. Estou curioso para ver a resposta do treinador do Benfica. A meu ver, o departamento de comunicação tem duas hipóteses: ou Jesus recusa comentar, ou responde de forma assertiva, elogiando o palmarés de Mourinho, mas declarando-se injustiçado com o mal-entendido. isto se o departamento de comunicação conseguir fazer o que quer que seja. Por vontade de Jorge Jesus, acredito que a resposta ainda vai ser pior. Pessoalmente, acho que a montanha vai parir um rato.

 

No meio disto tudo, por incrível que pareça, está um jovem tosco de 20 anos, com uma alcunha que faz rir qualquer pessoa: Talisca. Não fossem os três golos ao V. Setúbal e nada disto tinha acontecido. Aqui dou razão a Mourinho. Talisca é internacional brasileiro, representou o país no Torneio de Toulon. Não é um desconhecido. Eu também posso ver o PFC e dizer que descobri o Marcelo Moreno e o Goulart, os melhores marcadores do Cruzeiro.

 

 

 

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Os centrais do Sporting

por umavidasemcouves, em 18.09.14

O empate do Sporting, esta noite, na Eslovénia, com o Maribor, e o início de época aos soluços começam na pré-época. E Marco Silva é o menos culpado. Os leões foram dos clubes que mais jogadores contrataram, mas não se reforçaram. Este Sporting ainda não é mais forte do que o da época passada. Talvez ainda o possa ser, o tempo o dirá.

 

Na época passada, a defesa do Sporting chegava para consumo doméstico, mas era fraquinha. Estava à vista de todos. Além disso, a equipa jogava de forma diferente, expunha-se menos aos ataques adversários, era mais compacta em campo. Para competir na Liga dos Campeões, o Sporting estava obrigado a gastar algum dinheiro no setor mais recuado. A saídas de Rojo para o Manchester United e de Dier para o Tottenham só aumentaram a urgência.

 

Chegaram três centrais, mas nenhum tem qualidade para ali estar. Ainda. Tenho esperança em Paulo Oliveira. Rabia chegou e lesionou-se. Sarr tem potencial, mas ainda não chega. Alguém lucrou com estas transferências (quem anda nisto sabe bem quem pôs ao bolso), mas a equipa ficou mais fraca. Porquê? Porque o outro central é Maurício, um brasileiro que chegou da segunda divisão daquele país. Tem alma, é guerreiro, mas é fraco. Tem erros de posicionamento dignos de um iniciado.

 

Tirando o jogo com o Arouca, o Sporting sofreu golos em todos os jogos. E todos foram demasiado consentidos. Carrillo errou em Coimbra e Rafael Lopes marcou; Salvio e Maxi Pereira trocaram a bola como quiseram e Gaitán rematou sem oposição na Luz; Deyverson cabeceou sem qualquer oposição no Sporting-Belenenses. Os números só não são piores porque Rui Patrício tem sido fundamental.

 

Posto isto, uma equipa que joga a Champions com Sarr e Maurício na defesa não pode ser competitiva. E Maribor demonstrou-o. O Sporting podia ter ganho por três ou quatro, mas nunca esteve confortável em campo. Com um meio-campo pouco agressivo, sofrer um golo com a falta de qualidade que existe na defesa é uma questão de tempo. Sofrê-lo aos 90+2 minutos, num lance digno de um sketch de Benny Hill só aumentou o dramatismo. A culpa é de Bruno de Carvalho e de Augusto Inácio, nunca de Marco Silva. Junte-se a isto tudo a ausência de um médio ofensivo. Podia ter sido Evandro, mas o FC Porto esforçou-se mais.

 

Quanto ao resto, o Sporting conseguiu o reforço do ano, Nani, mas o treinador do Sporting não consegue aproveitá-lo. O jogo do Sporting parece Nani e mais dez e assim é. O internacional português gosta de ter a bola, precisa de jogar com liberdade. Não me parece que colocá-lo numa ala seja a solução. Damos sempre por Nani na zona central, o que deixa a equipa coxa. A solução, a meu ver, passa por colocar Nani ao meio e lançar Mané ou Capel nas alas. A equipa ficava mais equilibrada, com maior profundidade e largura a atacar.

 

Slimani está a ser outro problema. O avançado argelino é um finalizador. Bom a aproveitar o espaço, fraco a criá-lo. Raramente define o espaço para atacar a bola. Umas vezes vai ao primeiro poste, outras ao segundo. Em Maribor, contra centrais fortes no jogo aéreo, foi presa fácil. Talvez Montero fosse melhor solução.

 

Posto isto, os cinco primeiros jogos demonstraram que este Sporting está mais fraco do que o Benfica e muito mais fraco do que o FC Porto. A classificação assim o diz. Dia 26 há jogo com os dragões e os leões jogam já aí a temporada. Uma derrota (ou mesmo um empate) deixam a equipa de Marco Silva fora do título no início de outubro.

 

Na Champions, o jogo mais importante era o de Maribor. Com uma vitória, o Sporting ficava já com mais três pontos do que os eslovenos e ainda tinha de os receber em Alvalade. A Liga Europa estava garantida e os leões podiam chegar aos dois jogos com o Schalke em condições de lutar pelo apuramento para os oitavos de final. Com esta igualdade, é preciso vencer o Chelsea. Ainda por cima os ingleses empataram hoje com os alemães. 

 

Isto não está nada fácil para Marco Silva.

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Inglês técnico

por umavidasemcouves, em 17.09.14

Corre na Internet o vídeo do final do jogo de ontem, entre Benfica e Zenit, para a Liga dos Campeões, quando o jornalista da TVI Pedro Neves de Sousa entrevistou Samaris, jogador do Benfica. Ora, como o jornalista não fala grego, e o jogador não fala português, a conversa tinha de ser em inglês, a suposta língua universal. Não correu bem.

 

Pedro Neves de Sousa bem tentou, mas demonstrou não saber falar inglês. Samaris não percebeu nada, gerou-se ali um momento de desconforto e a resposta foi sofrível. Milhões de espectadores viram a entrevista em direto. E, como é óbvio, o jornalista foi massacrado nas redes sociais. Conheço Pedro Neves de Sousa, é um dos melhores jornalistas que conheço. Tomara que todas as redações tivessem um profissional como ele. Não merece a chacina pública que está a ter, sobretudo dos próprios colegas de profissão, miúdos que passam a vida no Twitter e que nunca deram uma notícia na vida.

 

Mas, por outro lado, Pedro Neves de Sousa pôs-se a jeito. E quem o enviou para aquele jogo não o ajudou. Hoje em dia, não concebo como pode um jornalista não saber falar inglês, ainda por cima na cultura anglo-saxónica em que vivemos. Se o repórter não sabe falar inglês, não pode estar em direto para milhões de espectadores e estar sujeito a ter de falar aquela língua. Sem culpa alguma, acabou por prestar um péssimo serviço à classe. Não foi só ele que fez figura de parvo. Foram todos os jornalistas.

 

 

 

 

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Folclore

por umavidasemcouves, em 17.09.14

Está tudo doido com a reação dos adeptos do Benfica no final da partida com o Zenit. Foi bonito, sim senhor, mas serviu para o Benfica mascarar os problemas que possui. O campeão nacional perdeu em casa com uma excelente equipa, mas de segunda linha europeia. Nesse jogo nem meia casa estava, o que devia preocupar ainda mais a SAD encarnada. E o Benfica perdeu com naturalidade, caiu com os próprios erros, falhas cometidas por jogadores sem qualidade para jogar numa Liga dos Campeões.

 

Habilmente, os assessores de Luís Filipe Vieira colocaram o presidente do Benfica a agradecer a manifestação de apoio. E logo a comunicação social, sempre amestrada, viraram o foco do jogo. De uma derrota óbvia, de uma equipa sem andamento para a Champions, a uma ode ao benfiquismo. Um folclore enorme. Como se já não tivesse acontecido em Portugal. Lembro-me de Alvalade gritar pelo Sporting num jogo com o Belenenses, a poucos minutos do FC Porto se sagrar campeão, por exemplo.

 

Amanhã, em vez dos jogos de Sporting e FC Porto na Liga dos Campeões, os jornais vão falar da maior vitória moral de sempre do futebol português.

 

Veremos se existirão mais manifestações destas quando o Benfica for eliminado da prova. Depois do que vi ontem, é uma questão de tempo.

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