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Sou o pior faixa branca de sempre. E é isso que vai tornar a viagem épica. (Entretanto ganhei a faixa azul, o que torna isto ainda mais inacreditável!)
Divirto-me mais a limpar a minha casa do que a trabalhar. Ao que isto chegou.
Uma amiga minha já andava a falar comigo há uns tempos. Foi mais fácil convencer-me a mim do que ao namorado dela. Convenceu os dois. E hoje fomos os dois a um tratamento de beleza. A minha amiga anda a tirar um curso de Estética e tem uma cadeira muito específica: Estética Masculina. A parte prática envolve a aplicação em homens do que aprendem nas aulas. Massagens, depilações, tratamentos de pele, manicura e pedicura, entre outras coisas. Basicamente, eu podia escolher o que queria. E não pagava nada. Optei pelo tratamento de pele no rosto. Chegámos cedo, entrámos na sala e deitámo-nos na marquesa. Estive ali mais de uma hora, com a cara cheia de cremes, compressas e afins. Acho que adormeci, por momentos. Quando acordei e abri os olhos, vi uma sala completamente cheia. A equipa de basquetebol de juniores do Belenenses também ali estava, e foram todos para a depilação. Enquanto eu tinha uma máscara de creme na cara, aqueles homens todos gemiam como se não existisse amanhã. Até a mim já me custava ver aquelas bandas de cera nas virilhas, e uma professora com um ar sádico a explicar como se arrancam os pelos. Mas olhem, não é que adorei? Para a semana, vou lá arranjar as mãos. Quero parar, de vez, de roer as unhas. A minha pele está fantástica, as minhas sobrancelhas arranjadas. Onde é que compro um creme para o rosto?
O que aconteceu, ontem, em Gelsenkirchen ultrapassa os clubismos. Aconteceu ao Sporting, podia ter acontecido ao Benfica, ao FC Porto ou a outra equipa portuguesa. Podia ter acontecido a um Ajax, um Olympiakos ou um Celtic. Nunca foi tão grave, mas casos destes é o que mais temos.
O que aconteceu, ontem, em Gelsenkirchen é a demonstração perfeita do que se tornou a Liga dos Campeões. Uma prova elitista, entre os clubes que têm dinheiro e os que não têm. Aos mais pequenos nada mais é permitido, a não ser ganhar umas coroas pela presença e tentar ter uma participação digna. Participação essa que passa pela qualificação para a Liga Europa e tentar não ser goleado pelos tubarões.
O que aconteceu, ontem, em Gelsenkirchen faz as pessoas deixarem de acreditar no espetáculo. Tantos erros de uma equipa de arbitragem russa a favor de uma equipa patrocinada...por uma empresa russa (por sinal um dos principais patrocinadores da prova) abre caminho à especulação.
A culpa é da UEFA, que criou este modelo de negócio, e que não vai abdicar dele. No campo, o Sporting provou ser muito melhor do que o Schalke. Esteve a um passo de vencer pela primeira vez na Alemanha. Mas eles não deixam. Por mim, prefiro que o Sporting fique em terceiro e vá à Liga Europa do que se apurar para os oitavos de final. Se o Sporting ousar chegar à segunda fase, nem quero acreditar no que pode acontecer.
Não gosto da forma como atua Bruno de Carvalho, mas uma coisa é certa. Está a resultar. Pegou num clube falido, baixou salários, apostou na prata da casa (enquanto não teve dinheiro) e, mais importante do que isso, devolveu o clube aos sócios. Hoje o Sporting coloca quatro mil adeptos no Dragão e luta pela vitória. Podemos não gostar do discurso, mas resulta.
Só Bruno de Carvalho podia juntar Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa na mesma sala. Até apertaram mãos. Os dois clubes com o orçamento maior uniram-se para acabarem com um com o orçamento muito menor. Até escolheram para presidente da Liga uma antiga figura do Sporting, ligada ao passado recente do clube, responsável por quase terem acabado com o Sporting. E irá a tribunal por isso.
De há uns tempos para cá, passei a detestar ir ao cinema. As pessoas já não se sabem comportar. Umas falam durante o filme, a maioria não larga os telemóveis. Quem se habitua a ver séries, não aguenta estar duas ou mais horas numa sala de cinema. O melhor elogio que posso fazer a Gone Girl é que não vi ninguém falar ou pegar no telemóvel durante o filme. Inspirado no livro de Gillian Flynn, o filme de David Fincher foi um dos melhores que vi nos últimos tempos. O desaparecimento de uma mulher deixa-nos a odiar o marido, a personagem interpretada por Ben Affleck. Todos os indícios vão dar àquele homem, e logo se misturam adultério e violência doméstica. Até que percebemos o que aconteceu à personagem intepretada por Rosamund Pike e o filme ganha todo um novo interesse. É tão bom de tão perverso que é. Rosamund Pike interpreta um das melhores vilãs que já vi, num filme com muito mal, mas quase sem bem. Merecem-se todos uns aos outros. Gone Girl é obrigatório.
(Gostava de saber porque é que esta merda já não faz parágrafos).
Sair da cama quando a namorada vai trabalhar. Tomar o pequeno-almoço. Ir dar uma caminhada de cinco quilómetros. Um café. Chegar a casa, tomar um duche. Limpar a sala inteira, enquanto vejo o último episódio de Revenge. Aspirar e lavar o chão (o David Clarke está vivo!). Almoçar, organizar o jantar e lavar a loiça. Depois o chão. Cozinha lavada. Vestir. Aspirar e lavar o chão do corredor. Ir trabalhar. Ufa.
A seleção do Irão, treinada pelo português Carlos Queiroz, fez nestes dias um estágio em Lisboa para preparar a participação na Taça Asiática, marcada para o próximo ano. No último dia de estágio, o Irão jogou um particular com o Benfica, no centro de estágio do Seixal. Seria, certamente, o teste mais exigente para a formação asiática, além de ser um bom particular para as águias, sem competição devido aos compromissos das seleções. Por imposição do Benfica, o jogo realizou-se à porta fechada. Mas houve um imprevisto. Alguns iranianos residentes em Portugal e outros que viajaram DE PROPÓSITO a Portugal para verem a seleção também quiseram ver o jogo. O Benfica lá os deixou entrar, mas apenas por insistência da embaixada iraniana em Portugal, presentes também eles no Seixal. O Irão venceu por 1-0, mas ninguém pôde festejar o golo. Por ordem do Benfica, ninguém podia fazer barulho ou manifestar alegria. O jogo era particular e o anfitrião não permite tais manifestações. Mal acabou a partida, os adeptos do Irão deixaram o centro de estágio e queixaram-se. Disseram nunca ter visto algo assim. O Benfica perdeu o bom senso há muito tempo. Os jornalistas são tratados como merda, são impedidos diariamente de informar. Neste momento, é impossível conseguir fazer um bom trabalho naquele clube. Naquele e em qualquer outro. Que os jornalistas sejam tratados como lixo já é naquela. Quem anda nesta profissão tem de aprender a ser humilhado. Mas esta loucura num simples jogo particular foi de mais. Aos poucos, os jornalistas foram arredados de tudo. Falar com um jogador é impossível. No Benfica, por exemplo, é-lhes imposto o medo. Chegam a dizer-lhes que somos o inimigo. Nem ordem têm para dizer "bom dia". Os clubes estão a matar-nos e é uma questão de tempo até acabarmos todos no desemprego. Sem acesso básico a informação, os jornais não podem sobreviver. Um jornal que demorava horas a ser lido, hoje é visto em dois minutos. Pouco ou nenhumas notícias, apenas conteúdos, a maioria imaginativos. O pior disto tudo é que ninguém quer saber. Até os adeptos do futebol já não se interessam. Vamos todos desaparecer. E o mais triste é que ninguém vai chorar por nós.
Concordo em absoluto com Gustavo Pires. Texto obrigatório para ler aqui.
Eu vou ser sincero. E a minha namorada que me perdoe. Da mesma forma que ela acha piada ao Robert Pattinson, eu acho piada à Jessica Athayde. Bom, não é bem a mesma coisa. Ela já está na fase em que quer um Volvo. Ora acontece que a Jessica Athayde foi desfilar de biquíni na Moda Lisboa e mostrou todas as curvas do corpo. É atriz, já teve passado de modelo, segundo sei, cuida do que come e faz exercício todos os dias. Eu também gostava de ser assim, mas o mundo não deixa. Parece que o desfile provocou várias críticas. Conta Jessica Athayde que foi atacada por mulheres, a maioria aparentemente invejosas pela forma física que ostenta. A atriz diz que foi atacada, criticada por mulheres...mas pede que todas as mulheres se unam. Fala em «bullying», como se estivesse a referir ao assédio sexual, isso sim um problema sério e poucas vezes analisado. O que se passou, pura e simplesmente, foi inveja. Agora isto das mulheres reais...não percebo.Ajudem-me.
O ébola chegou a Portugal. Pior só o Benfica.
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