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Sou o pior faixa branca de sempre. E é isso que vai tornar a viagem épica. (Entretanto ganhei a faixa azul, o que torna isto ainda mais inacreditável!)
Acabo o ano a morar com o meu amor, a pensar em comprar casa e viciado em jiu-jitsu. As voltas que isto dá.
Para um treinador no fio da navalha, a orientar uma equipa de miúdos, fazer aquela cara de frete enquanto Dramé faz um golo não fica bem a Marco Silva. Bruno de Carvalho exultou, o jogo terminou com toda a equipa abraçada, mas Marco Silva nem um sorriso teve naquele momento. Foi cumprimentado por Augusto Inácio, respondeu a um cumprimento do roupeiro Paulinho, e dirigiu-se de seguida para o conforto do amigo Rui Vitória. O clima de paz podre com Bruno de Carvalho é por de mais evidente, mas talvez não ficasse mal ao treinador mostrar alguma alegria pelos golos, mesmo que tenham sido apontados por jogadores que raramente orienta. Era um bom gesto, sobretudo para os milhares de sportinguistas que se têm insurgido contra o provável despedimento do treinador. Para um técnico que esta em quinto lugar numa das ligas mais fracas de sempre, que foi incapaz de ganhar em casa a Moreirense, Belenenses e Paços de Ferreira, Marco Silva até tem vários fãs. Ficava-lhe bem outra atitude.
Para um treinador no fio da navalha, a orientar uma equipa de miúdos, fazer aquela cara de frete enquanto Dramé faz um golo não fica bem a Marco Silva. Bruno de Carvalho exultou, o jogo terminou com toda a equipa abraçada, mas Marco Silva nem um sorriso teve naquele momento. Foi cumprimentado por Augusto Inácio, respondeu a um cumprimento do roupeiro Paulinho, e dirigiu-se de seguida para o conforto do amigo Rui Vitória. O clima de paz podre com Bruno de Carvalho é por de mais evidente, mas talvez não ficasse mal ao treinador mostrar alguma alegria pelos golos, mesmo que tenham sido apontados por jogadores que raramente orienta. Era um bom gesto, sobretudo para os milhares de sportinguistas que se têm insurgido contra o provável despedimento do treinador. Para um técnico que esta em quinto lugar numa das ligas mais fracas de sempre, que foi incapaz de ganhar em casa a Moreirense, Belenenses e Paços de Ferreira, Marco Silva até tem vários fãs. Ficava-lhe bem outra atitude.
Pior do que a cidade de Lisboa apinhada de «runners», como agora se diz, é esta pirosada dos homens contra mulheres, como se fosse uma competição à parte. Dizem os órgãos de comunicação social que as mulheres venceram, pois Dulce Félix foi a primeira a cortar a meta. Se as mulheres partem com avanço em relação aos homens, que importância tem esse despique?
Estou farto do meu carro. Quero um Smart.
Esta sexta-feira deve ser anunciada a saída de Marco Silva do Sporting. A corda partiu de vez, e só uma mudança total de Bruno de Carvalho ou a falta de dinheiro podem aguentar o treinador no clube. O próprio técnico já não parece ter muita vontade de permanecer em Alvalade, sítio onde nunca sentiu grande apoio por parte da direção. Basta ver o que foi a política de contratações do Sporting. Evandro, por um lado, esteve com um pé no Sporting por ação de Marco Silva, mas Bruno de Carvalho e companhia recusaram pagar o que o jogador pedia, e Evandro seguiu para o FC Porto. A Alvalade chegaram jogadores supostamente mais baratos, mas já se sabe que o barato, por vezes, sai caro. Basta olhar para Slavchev, Ryan Gauld, Rabia, André Geraldes ou Sacko para perceber isto. Evandro ganha menos do que estes quatro juntos...A guerra fria entre Marco Silva e Bruno de Carvalho vem desde agosto, mas o treinador acabou por se ver envolvido num conflito com outra personalidade: Carlos Gonçalves, empresário de Marco Silva, e de Rojo e Montero, entre outros. O Sporting acredita que foi Carlos Gonçalves a convencer Rojo a não se treinar em Alcochete, numa altura em que o Manchester United demonstrou interesse no argentino. Antes disso, o presidente terá ordenado que Rojo jogasse no troféu Teresa Herrera. Marco Silva, por opção técnica, deixou o jogador de fora. Talvez tenha existido na Direção quem pensasse que o treinador satisfez um pedido do agente. Outro episódio poderá ser o da entrada de João de Deus para o lugar de Francisco Barão no comando técnico da equipa B. Van der Gaag era um dos nomes possíveis, e um treinador do agrado de Marco Silva, mas não rumou ao Sporting por ser representado por Carlos Gonçalves. Chegou João de Deus, um técnico por quem Marco Silva não nutre grande simpatia. A derrota em Guimarães precipitou o pior. Bruno de Carvalho usou o Facebook para criticar a equipa. Astuto, Marco Silva usou as críticas para agarrar o plantel. Hoje não há um único jogador que não apoie o treinador, algo impossível com o presidente. Pelo que conheço de Marco Silva, é treinador para ganhar títulos, mas precisa de tempo. Muito tempo. É o profissional perfeito para implementar uma filosofia de jogo e formatar um clube, assim como Klopp fez no Dortmund. Não é treinador para chegar, ver e vencer. Quem vê futebol e acompanhou o trabalho de Marco Silva no Estoril percebe isto. Talvez assim se explique tanto apoio a um treinador que está em quinto lugar na Liga. A confirmar-se a saída de Marco Silva, será um erro histórico, como foi o despedimento de Bobby Robson, ou a contratação de José Mourinho que nunca chegou a acontecer....
Em pouco menos de seis meses, Bruno de Carvalho conseguiu destruir tudo o que demorou quase dois anos a construir. Está a dar razão a quem o comparou a Vale e Azevedo. O clube vive um clima de guerra interna, desconhecida por muitos, mas só o inexplicável comunicado do presidente a revelou. Pelo meio, Bruno de Carvalho resolveu atacar a equipa de futebol e, sobretudo, o treinador. Em vez de dotar a equipa com bons jogadores (sobretudo centrais), o presidente leonino investiu muito dinheiro em jogadores sem qualidade para vestir aquela camisola (como Naby Sarr), sendo que a maioria nem qualidade tem para a equipa A. Onde andam Gauld, Slavchev ou Sacko, por exemplo? Na equipa B. Equipa B essa que já vai no terceiro treinador. Na formação as coisas estão caóticas. Foram contratados perto de 15 jogadores para os juniores, deitando à rua o trabalho de vários anos. Essa mesma equipa de juniores está a 16 pontos do Benfica no campeonato, e não há ali um único jogador com capacidade para chegar mais longe. Nos próximos dias será consumada a rescisão de Marco Silva. Despedir Marco Silva será um erro histórico, comparável ao que aconteceu com José Mourinho em 2000. O tempo acabará por me dar razão. Quanto a Bruno de Carvalho, resta-me encolher os outros e admitir: vocês tinham razão.
O meu carro tem 12 anos, escasseia dinheiro para comprar outro, e as manutenções estão a ficar mais caras. Agora são mais 500 euros de revisão, devido a fugas de óleo e na bomba de água. Ainda faltam velas e novos tubos de travões. O meu mecânico anterior enganou-me. Vou pagar, mas é a última vez. Já estive mais longe de ficar sem carro.
Às vezes, na minha vida, acontecem coisas estranhas. Certo dia cansei-me de ver ténis na televisão e resolvi ir jogá-lo. Entrei para uma escola de ténis com 24 anos, e aprendi tudo do início. As pegas, os passos, como bater uma direita, uma esquerda, smash, voléi, serviço, tudo. Hoje posso dizer que sei jogar ténis. Mas também tenho de admitir que jogava mal. E o meu peso não ajudava em nada. Raramente vencia, era o rei dos erros não forçados. Perdi com miúdos de 12/13 anos, que festejavam cada ponto como se fossem o Nadal. O meu professor tinha pouca esperança em mim. Só queria o meu dinheiro, penso eu. Punha-me a vencer todos os jogos por 30-0 antes deles começarem. E eu raramente os vencia. Tinha o equipamento todo, duas belas raquetas, mas pouca vontade. Ainda andei nesta vida durante dois anos, penso eu, até desistir de vez. Não pego numa raqueta há anos.
E fui-me desligando do desporto. Há umas semanas, depois de mudar de casa, resolvi fazer desporto. Estava a fazer-me mal. Andei a ver ginásios, mas larguei essa opção antes mesmo de a começar. Ir ao ginásio aborrece-me. Horas e horas nos aparelhos de cardio, equipamentos suados, pessoas mal educadas, e aqueles homens que demoram horas a fazer apenas um exercício e que estão mais tempo no telemóvel do que a treinar. Precisava de algo diferente. E a resposta estava na minha caixa de correio. Uma academia de artes marciais. Resolvi ir à academia, mas a minha ideia era a ginástica de manutenção. Logo me disseram que era para a terceira idade. Compatível com os meus horários apenas...jiu-jitsu. Eu no jiu-jitsu? Nem pensar. Mas aquilo ficou ali a matutar. O mestre foi impecável comigo e convidou-me para ir experimentar.
Faltava meia hora para começar essa aula e eu ainda tinha dúvidas. Resolvi ir. O que eu sei de jiu-jitsu? Nada. De regras? Zero. A primeira aula foi básica e de conhecimento teórico. Só nesse dia foram dois para o hospital, com lesões nas articulações. Voltei na aula seguinte e até me diverti. Ali não há telefones a tocar, conseguimos esquecer e estarmos apenas focados na luta. Saímos da academia com a mania que somos o Brock Lesnar, com a mania que podemos andar à porrada e partir o braço a toda a gente. Treino jiu-jitsu há três semanas. Adorei as duas primeiras, senti-me mal na terceira. Agora saio da academia a pensar que raio ando ali a fazer. Nunca tive noções de judo. Não sou flexível, sou descoordenado e a minha condição física é fraca. No aquecimento, demoro o dobro do tempo a fazer o que os outros fazem. De seguida aprendi alguns exercícios, e acabei a lutar. Primeiro com um faixa preta professor, outra vez com um faixa azul. O professor parecia obcecado em estrangular-me. Em menos de nada acabava nos braços dele e a ter de parar. "Tens de melhorar a tua postura", dizia ele. Como melhoro a postura se me estás a estrangular?! O faixa azul queria partir-me o braço. Andou a luta toda a procurar "arm locks". A mim restava-me desistir. Acho que, ao todo, devo ter desistido umas dez vezes. Um dos mais experientes disse-me. "Levar porrada é normal, faz parte". Talvez. Gostava de ser o Brock Lesnar. Parece que não sou.
Enquanto o país anda entretido com a prisão de José Sócrates e com a eliminação do Benfica na Liga dos Campeões, o nosso Governo aprovou mais um assalto à mão armada. Os trabalhadores independentes (vulgo os falsos recibos verdes) já tinham de pagar, todos os meses, 380 euros à Segurança Social. Ora o Executivo achou que não chegava. E aumentou a contribuição mensal para uns inacreditáveis 580 euros por mês. Isso mesmo: 580 euros. Ora quem auferir mais de mil euros mensais tem de dar metade do ordenado ao Estado. Sem esquecer o dinheiro do IVA. Falo por mim que fui "colaborador" de uma empresa durante quatro anos. Foram quatro anos a negociar dívidas à Segurança Social, quando ainda só se pagavam uns 128 euros. Mal caía o dinheiro na conta pagava tudo. Nem me consigo colocar na pele dos falsos recibos verdes que por aí andam. Quem anda a pagar a crise são os trabalhadores independentes. Este Governo não nos dá grande margem de manobra: é emigrar ou emigrar. Posto isto pergunto-me: voto em quem no próximo ano? No partido que nos empobreceu ou no partido cujo primeiro-ministro roubou 20 milhões de euros e nos conduziu ao abismo?
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