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Sou o pior faixa branca de sempre. E é isso que vai tornar a viagem épica. (Entretanto ganhei a faixa azul, o que torna isto ainda mais inacreditável!)
Peço desculpa pelo meu cabelo. Prometo tomar ações em breve.
Acabou a jornada 22 e tenho uma certeza: o Benfica vai ser campeão. O jogo de Moreira de Cónegos foi o exemplo daquilo que tem sido a época encarnada. Uma exibição sofrível, erros de arbitragem e os três pontos. No Minho, estavam manietados pelo Moreirense e sofreram o golo de João Pedro. Na segunda parte, com o jogo complicado, surge o empate na sequência de um canto inexistente e depois um jogador é expulso por insultar o árbitro.
Na próxima jornada, recebem o Estoril, clube que jogará sem a habitual dupla de centrais. Yohan Tavares e Ruben Fernandes estavam em risco de exclusão e, claro está, viram amarelo. É mais uma. Esta época, o Benfica já acabou OITO jogos na Liga com mais um jogador em campo. E convém não esquecer alguns golos em fora de jogo, como o de Gaitán ao Gil Vicente. Pelo meio, Deyverson e Miguel Rosa foram impedidos de jogar na Luz…e nenhum tem ligações ao Benfica.
A falta de vergonha é enorme. A equipa do Benfica é normal, a julgar com épocas anteriores. Souberam aproveitar os erros de FC Porto e Sporting, mas a verdade é que, nos momentos de aperto, houve sempre uma mão salvadora.
O domínio do Benfica, esta época, faz lembrar o FC Porto dos anos 90, os anos de ouro da corrupção desportiva, dos quinhentinhos de José Guímaro à viagem dos irmãos Calheiros ao Brasil, paga por engano (disseram eles) pelos dragões. Naqueles anos, nada fugia ao FC Porto. As arbitragens eram subtis, mas não enganavam. Jogadores como João Pinto, André, Fernando Couto e Paulinho Santos podiam agredir quem quisessem que não iam expulsos. Qualquer jogo mais complicado acabava com um penalty nos últimos dez minutos e depois existiam as pequenas coisas. O Salgueiros de Mário Reis era temível contra Benfica e Sporting, mas perdia metade da equipa de forma inexplicável antes de jogar nas Antas. Jorge Silva levou tantos golos de Jardel que, um dia, viu-se a jogar pelo FC Porto emprestado pelo Salgueiros. E foi campeão! Em 93/94, o Sporting perdeu pontos fora com Famalicão e Gil Vicente, em estádios com relvados impraticáveis, cheios de lama. O FC Porto, por exemplo, jogou com o Famalicão no mesmo estádio, mas o relvado estava coberto de areia. Ganharam 5-0…
O Benfica tem sido um pouco disto. É natural. É mais complicado ser campeão com Eliseu, André Almeida e Jardel do que com Siqueira, Garay, Enzo Pérez e Matic. Jorge é Jesus, mas não faz assim tantos milagres. Junta-se a isto uma comunicação social parcial e clubista e é como se nada se passasse.
Esta semana, Bruno de Carvalho denunciou um pedido de reunião com Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, intermediada por Nélio Lucas, responsável da Doyen Sports. Alegadamente, Vieira queria propor uma aliança para dominarem o futebol portugues e dividirem titulos. Bruno de Carvalho diz que recusou. O presidente do Sporting fala de mais. E já ninguém o leva a sério. Mas ninguém investiga esta denúncia. E o jornal Record já provou que existem mensagens que deixam indícios no ar.
A julgar pelo que vejo todas as jornadas, Bruno de Carvalho pode estar a falar verdade. Não me admirava nada.
Não deixa de ser curioso que, em ano de eleições, se ultrapassem todas as burocracias no mais pequeno espaço de tempo. A trasladação dos restos mortais da poetisa Sophia de Mello Breyner para o Panteão Nacional foi um processo moroso. Ora, com Eusébio, é tudo em poucos meses. Foi hoje decidido por unanimidade na Assembleia da República e tudo ficará resolvido até ao verão, antes das eleições.
Não deixa de ser curioso.
Pelas minhas contas, desde que está no Sporting, Bruno de Carvalho já cortou relações com: - A anterior Direção. - O FC Porto. - A Liga - A Doyen - Com Jorge Mendes - O Benfica - A Sagres Queixando-se do tratamento dado pela comunicação social ao Sporting, Bruno de Carvalho decidiu contratar uma agência de comunicação. Eu, se fosse diretor de comunicação do Sporting, tinha uma medida para começar: impedia que o presidente utilizasse as redes sociais para atacar tudo e todos. Duvido que alguém consiga.
Retrato de um pais cada vez mais inacreditável. Esta é a maior instituição portuguesa, o maior partido em Portugal. Esta notícia da Lusa justifica tudo
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou quarta-feira a isenção do pagamento de taxas urbanísticas de cerca de 1,8 milhões de euros por intervenções a realizar junto ao Estádio da Luz, o que gerou críticas da oposição. A proposta, que prevê a isenção em obras de ampliação a realizar no lote 14 da Avenida General Norton de Matos, por parte da Benfica Estádio-Construção e Gestão de Estádios, SA, foi aprovada com os votos contra da oposição no executivo municipal (de maioria socialista) - PSD, CDS-PP e PCP - e de uma vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa (eleita nas listas do PS).
Recuso-me a votar em António Costa.
Agora que já passaram alguns dias depois do derby, e conhecido o corte de relações institucionais entre Sporting e Benfica, apetece-me falar sobre isto. Eu estive em Alvalade no domingo e o que vi? Ódio. Vi ódio, senti ódio. E foi de parte a parte, aqui não há culpados e vítimas. É tudo farinha do mesmo saco.
Vi um adepto do Benfica ser escoltado pela polícia só porque foi a uma roulotte de comida onde estavam sportinguistas. E nem o facto do pai estar ao lado (com um cachecol do Sporting) o impediu de ser quase linchado. Vi a claque do Benfica arremessar cadeiras para a zona onde estavam os adeptos do Sporting, onde estavam crianças! Vi material pirotécnico, vi um verylight lançado pela claque do Benfica para essa mesma zona. É a velha história. Um iogurte não pode entrar, mas os petardos entram todos.
Um dia antes, vi uma tarja criminosa e assassina exibida pela claque do Benfica, a lembrar de forma orgulhosa que tinham morto um adepto do Sporting na final da Taça de Portugal, em 1996. Na bancada estava o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que nada fez. É inacreditável que a direção do Benfica não tenha condenado aquela faixa. O presidente encarnado passa sempre entre os pingos da chuva, enquanto Bruno de Carvalho é apelidado de fanático e índio. É muito fácil bater no presidente leonino.
Com a confusão instalada, o que se passou no domingo era inevitável. Em vez de cortarem relações, Sporting e Benfica deviam, de uma vez por todas, acabar com isto. Acabar com o poder das claques, fações de adeptos (algumas delas com ligações criminosas) que mandam nos clubes e que instigam tudo isto. Mas não me parece existir interesse de ambos. Em 1996, morreu uma pessoa num estádio a ver uma final da Taça de Portugal. Teve o azar de estar no lugar errado, à hora errada. O que aprendemos com isso? Nada. A continuar assim, vão morrer mais pessoas nos estádios. E vamos continuar a assobiar para o lado.
Este mercado de janeiro foi tão fraquinho que até o Jorge Mendes apresentou o livro no último dia de inscrições. Tirando isso foi mesmo fraquinho. Um clube contratou o sobrinho do José Eduardo dos Santos, outro clube assinou com o filho de um general angolano. Acabou-se o dinheiro...
A minha sobrinha mais velha agora não come carne. Tem 12 anos, adora animais e tem pena deles. Mas come peixe. Não percebo está injustiça. Não se podem matar as vaquinhas, mas espetar um anzol no peixinho é na boa?
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