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Sou o pior faixa branca de sempre. E é isso que vai tornar a viagem épica. (Entretanto ganhei a faixa azul, o que torna isto ainda mais inacreditável!)
24 de novembro de 2014 marca, na minha opinião, um antes e depois na política portuguesa. Foi o dia em que José Sócrates ficou em prisão preventiva, suspeito de crimes de fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais. A aplicação da maior medida de coação prevista na Lei portuguesa é um indício de que algo muito forte aconteceu. Não quero acreditar que alguém vá para a cadeia (ainda que de forma preventiva) por meras provas circunstanciais. José Sócrates foi, provavelmente, o primeiro-ministro mais amado e odiado de sempre. Quem o ama segue-o cegamente. Quem o odeia deve estar no registo de «Eu sabia». Afinal, casos antigos foi o que não faltaram. Talvez um colega meu tenha razão. Sócrates é um mitómano, e julgou-se maior do que tudo. Talvez assim se explique que tenha sido apanhado. Mas os últimos dias foram de excessos. Criticou-se a justiça porque funciona. Criticaram-se jornalistas por darem notícias. Houve quem dissesse que Sócrates não é o único culpado, como se não fosse errado ele ter feito o que se suspeita que fez. Tudo isto é muito grave. Só espero uma coisa. Se os crimes forem provados, então que Sócrates seja condenado. Que a culpa não morra solteira.
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